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Mitos e pangolins

Recentemente foram apreendidas, em fronteiras aduaneiras de diferentes jurisdições, escamas de pangolim, um mamífero que vive em zonas tropicais da Ásia e da África, que se alimenta, basicamente, de formigas. Num caso, foram apreendidas mais de 8 toneladas de escamas que poderiam equivaler a treze mil pangolins. Há quem acredite que as escamas desta espécie, ameaçada de extinção, podem, por exemplo, ser usadas como afrodisíaco.

No entanto, análises efectuadas demonstraram que as escamas são constituídas por queratina, proteína que integra as unhas e o cabelo humano. Esta proteína é usada na indústria cosmética, por exemplo na composição de champô, que utiliza a pena de frango como fonte principal de produção.

A destruição do habitat natural, o comércio e alguns mitos contribuem para a extinção das espécies da fauna e da flora selvagens.

Por isso, as leis que executam, em cada Parte, a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, que vigora em cento e oitenta e três países e regiões, devem prever a obrigação de divulgar ao público os objectivos e disposições consagradas na Convenção, nomeadamente «que a fauna e a flora selvagens, nas suas belas e variadas formas, constituem um elemento insubstituível dos sistemas naturais que deverá ser protegido pelas gerações presentes e futuras».

2/2/2019

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